quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Rabiscos

Histórias com história, peças de  teatro, reais ou imaginárias! Sentidos esboços de ternura, paixão, amor, ou, raivosos pedaços de amargura, inveja, ciúme! Tudo se passa no palco principal, não de uma sala qualquer desta nossa Lisboa, mas em cada passo que damos de manhã a noite envolvidos nesta chuva citadina, correndo como  loucos, criando a nossa própria história!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Limitação de mandatos, ou de Liberdade?

Estas eleições autárquicas trouxeram uma nova novidade no quotidiano político português, com a lei que impede os autarcas que tenham cumprido três ou mais mandatos como presidentes de câmara ou junta de freguesia de se recandidatarem.
Ora bem, até aqui tudo bem, duma perspectiva ética e moral até parece que a intenção é  nobre, correcta e louvável, por outro lado o poder local em nada se compara com o poder presidencial, tirando as grandes cidades, onde existe uma enorme densidade populacional, em todas as outras localidades sejam elas de direita, esquerda, centristas ou independentistas existe uma relação de maior proximidade entre a autarquia e o cidadão, afinal é aí que reside a verdadeira relação de quase família entre eleitor e político. Pois é aqui que se convive diariamente com as angústias, com as dificuldades, com a fome, com a doença, com a cada vez maior escassez de meios e géneros resultados duma política cega e descabida ao serviço dum interesse troikano.
Num país democrático, a voz do povo é e sempre será soberana!
Infringir ao povo uma escolha, que não se baseia em igualdade e justiça é enganar o povo, não é ser justo nem democrático, deve ser sempre o povo através do seu voto a decidir quem quer que o acompanhe diariamente na liderança do seu concelho ou freguesia, e nunca através duma lei criada sem nexo nem sentido por políticos oportunistas, que visa única e exclusivamente restringir a liberdade de candidatura de quem sempre serviu a população local.
Se todos estes políticos, que se empenharam ao máximo para criar esta lei que se tem revelado uma completa  anormalidade com casos políticos, pessoais, de justiça, de comunicação social e agora até de fraude eleitoral, se todos esses políticos tivessem o mesmo empenho em políticas sociais, de apoio aos idosos, aos jovens, aos desempregados, há criação de emprego, de apoio e desenvolvimento ás pequenas e médias empresas, e muitas outras medidas que Portugal e os portugueses precisam, com certeza não estaríamos na situação actual!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O entardecer de um país!

O entardecer de um país! 

E se de repente, nos perdêssemos no tempo, entre eras e figuras, entre espaços e países?
Como seria adormecer no século XXI em Portugal, com políticos de direita, esquerda, centristas, mas no fundo apenas políticos! Adormecer sabendo que temos um país com quase mil anos de história, nem sempre grandiosa, mas feita de grandes feitos e conquistas, e que agora numa era de eras, de líderes sem rosto de esferas capitalistas, nos vergamos, como animais de estimação, a uma Europa de duas faces, que usa um discurso de união e solidariedade, mas pratica uma política de escravidão social perante os seus membros mais fracos! Como seria acordar na aurora de 24 de Junho de 1128, em São Mamede, Guimarães, sentar-se há mesa com D. Afonso Henriques, antes deste sair para o campo de batalha, para confirmar aquele que seria o primeiro dia da história, de um pequeno grande país. Será que se lhe pudéssemos falar como iguais, lhe diríamos que ia ter uma grande vitoria, e que seria ali o início de uma era gloriosa, dum império de naus, que redescobriu o mundo e lhe deu novos mundos e fundos, ou pelo contrário lhe diria, que não valia a pena, pois no fim só os bandidos de jaqueta e papillon reinariam? 

A história de 1128 até hoje fez-se de altos e baixos, de fortunas e ruínas, de riqueza e pobreza, de morte mas também de vida, pois se hoje aqui estamos, é porque os nossos antepassados sobreviveram e evoluíram, e nós também sobreviveremos, estes não são os tempos do fim, são apenas os tempos dum novo renascer, duma nova aurora, onde escolhemos o nosso caminho e nos livramos do cancro que nos minou enquanto país!



Joaquim Marques